- Louis! Você vai se atrasar para o trabalho. – falou Lucy.
Louis Brown pulou da cama e foi para o banheiro. Todos os dias, era a mesma coisa. Sua esposa já estava acostumada. Seus atrasos faziam parte de sua rotina, mesmo o despertador tocando umas trezentas vezes. Ele nunca acordava no horário.
- Paieeee! – falou Beth.
- Beth, minha filha! Papai está atrasado, não posso falar agora! – falou Louis, expulsando Beth do quarto.
- Calma pai! Só preciso de uma grana. Tem balada hoje! Preciso ir... – Beth falou já com as mãos estendidas.
-Toma. E sai daqui... – Reclamou Louis.
-O Senhor é o melhor pai do mundo! – Agradeceu Beth, com um beijo no rosto de seu pai.
Louis Brown saiu correndo, que nem parou na cozinha pra tomar o café. Deu um beijo em Lucy, outro em Murilo e saiu em disparada para a garagem. Ao entrar no carro, percebeu que tinha esquecido os documentos que deveria entregar ao seu chefe. Voltou, subiu as escadas como se estivesse flutuando, e desceu em fração de segundos.
Ao sair da garagem, Louis tentou de todas as formas passar pelo carro de seu vizinho, sem deixar um arranhão. Já tinha pago o prejuízo da ultima batida. Ele era desastrado. Sua mulher sempre dizia que deveriam tomar a sua carteira de motorista e que se ele quisesse, dirigia todos os dias pra ele. Mas como vocês sabem como são os homens... Já sabem a resposta.
Louis Brown trabalha no escritório de Arquitetura no centro da cidade. Adorava o seu trabalho. Estava fazendo uma maquete de grande hotel da franquia Hilton e se sentia orgulhoso por ser o escolhido pra isso.
Louis não achou uma vaga pra estacionar o seu carro e foi em direção ao próximo quarteirão e estacionou em frente ao Caffé Cannut, um restaurante onde sempre almoçava com os amigos do trabalho.
Ao olhar para o relógio, percebeu que já estava atrasado. Pegou os documentos e os desenhos do seu mais valioso projeto e saiu correndo até o prédio. Passou pela criança sem derrubar o seu sorvete, pelo cachorro, pela velhinha que desfilava no calçadão, e...
-Droga – Resmungou Louis.
Todos os seus papeis tinham caindo. Ele esbarrou em alguém. Alguém que também se abaixou para ajudá-lo a recolher seus documentos, desenhos e seus cartões de visitas. Ao levantar, Louis encarou a tal pessoa desastrada como ele. Olhou em seus olhos e sentiu algo diferente. Não raiva. Mas um sentimento, capaz de perdoar pelo atentado.
- Desculpa! – disse a pessoa desastrada.
-Tudo bem! Já estou atrasado mesmo. – falou Louis.
Louis parou e esperou que essa pessoa falasse algo. Seu nome. Seu RG... Endereço... Mas falou algo que nunca mais sairia da sua mente. Seria o dono dos seus pensamentos. Louis o encarou e esperou até que...
-Meu nome é Claus!
Continua...
Muito massa, Ian! Eu também sou desastrado, mas não a ponto de arranhar o carro do meu vizinho! heehehe Achei a história interessante.... Continua logo! Abraços!
ResponderExcluirManinho! Amei a primeira parte. Tá arrasando hein? Seu blog tá lindo! Beijos.
ResponderExcluirMoço, vai escrever um livro!? Seu blog está lindo. Essa história de Louis Brown já é um sucesso. Continue escrevendo muito bem e nos encantando com a magia das suas palavras! Sucessoooooo!
ResponderExcluirtchan tchan tchan tchan!!! muito boa a estória, tem um ritimo legal.adoro contos com essa velocidade de narrativa.é mais empolgante.rs
ResponderExcluircontinua logo que agente quer saber como vai ser o desenrolar desse conto que me parece polêmico. abração!
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